segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Plano de Argand Gaus

A cada número complexo z = a + bi, podemos associar um ponto P no plano cartesiano. No complexo podemos representar a parte real por um ponto no eixo real, e a parte imaginária por um ponto no eixo vertical, denominado eixo imaginário. 
A este ponto P, correspondente ao complexo z = a +bi, chamamos de imagem ou afixo de z. Observe a representação da interpretação geométrica dos números complexos: 



Atualmente, o plano dos números complexos é conhecido como plano de Argand-Gauss. 
Com base no plano representado vamos calcular a distância p (letra grega rô), entre os pontos O e P. Observe que basta aplicarmos o Teorema de Pitágoras no triângulo retângulo, dessa forma temos:


O módulo de z é representado pela grandeza p, mas também pode ser representado por |z|. 
A ângulo Ө (0 ≤ Ө < 2π), formado pelo eixo real e a reta do segmento OP, é chamado de argumento de z (z ≠ 0) e é indicado por Arg(z). Baseado nessas definições podemos estabelecer as seguintes relações na interpretação geométrica dos complexos: 


Exemplo
Calcule o módulo e o argumento do número complexo z = 1 + 2i. 

Módulo 
a = 1 e b = 2 

Argumento
Ө = Arg(z)



Portanto, o argumento de z é o arco cuja tangente é 2.           
Veja como ficaria o gráfico representativo do número complexo z = 1 + 2i.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Exercícios - Números Complexos

01 - O produto (5+7i).(3-2i) vale:
a) 1 + 11i
b) 1 + 31i
c) 29 + 11i
d) 29 - 11i
e) 29 + 31i


Resposta: (5+7i).(3-2i)15 - 10i + 21i - 14i², sendo que, i² = -1
15 - 10i + 21i + 14, assim,29+11i, alternativa C 

02 - Determine x, de modo que z = (x+2i)(1+i) seja imaginário puro.

Resposta: Efetuando a multiplicação, temos que: 
z = x + (x+2)i + 2i2
z= (x-2) + (x+2)i
Para z ser imaginário puro é necessário que (x-2)=0, logo x=2.


03 - Sejam os complexos z1=(2x+1) + yi e z2=-y + 2i. Determine x e y de modo que z1 + z2 = 0

Resposta:Temos que: z1 + z2 = (2x + 1 -y) + (y +2) = 0
logo, é preciso que:
2x+1 - y =0 e y+2 = 0
Resolvendo, temos que y = -2 e x = -3/2


04 - Sendo z = (m2 - 5m + 6) + (m2 - 1) i , determine m de modo que z seja um imaginário puro.

Resposta: Para que o complexo z seja um imaginário puro, sua parte real deve ser nula ou seja, devemos ter
m2 - 5m + 6 = 0, que resolvida encontramos m=2 ou m=3.

05 - Determine a parte real do número complexo z = (1 + i)12 .

Resposta: Observe que (1 + i)12 = [(1 + i)2]6 . Nestas condições, vamos desenvolver o produto notável 
(1 + i)2 = 12 + 2.i + i2 = 1 + 2i -1 = 2i \ (1 + i)2 = 2i (isto é uma propriedade importante, que vale a pena ser memorizada). 
Substituindo na expressão dada, vem: 
(1 + i)12 = [(1 + i)2]6 = (2i)6 = 26.i6 = 64.(i2)3 = 64.(-1)3 = - 64. 
Portanto, o número complexo dado fica z = - 64 = - 64 + 0i e portanto sua parte real é igual a-64.

Exercícios - Esfera


         01 - O volume de uma esfera A é 1/8 do volume de uma esfera B. Se o raio da esfera B mede 10, então quanto mede o raio da esfera A?

Resposta:
Va = Vb/8

4πR³/3 = 4π(10)³/3(8)
4πR³ = 4π(10)³/8
R³ = 10³/2³
R = 10/2
 R = 5


     02 - Um plano alfa secciona uma esfera de raio 20cm. A distância do centro da esfera ao plano alfa é 12cm. Calcule a área da secção obtida.

Resposta: devemos aplicar a fórmula de Pitágoras:

20² = 12² + r²
r² + 144 = 400
r² = 256
r = 16 cm
O exercício pede a área da secção, que é um circulo. Logo temos:
16² . π = 256 . π cm²


     03 - Uma secção feita numa esfera por um plano alfa é um círculo de perímetro 2 π cm. A distância do centro da esfera ao plano alfa é 2 raiz de 2 cm. Calcule a medida r do raio da esfera.

Resposta: se o comprimento (ou perímetro do circulo) é igual a 2 . π, então:

raio( r ) 2 . π . r = 2 . π
r = 1cm
Calculamos o raio da secção. Agora para calcular o raio ( R ) da esfera, devemos usar o teorema de Pitágoras relacionando o raio da secção, raio da esfera e a distância entre o centro da esfera e o plano alfa que secciona a esfera.
R² = 1² + (2 . raiz de 2)²

R² = 1 + 4 . 2
R² = 9
R = 3 cm

04 - Qual o volume de uma esfera cujo raio mede ³3 cm ?

Resposta: V=4/3.
 π.R³

V = 4/3. 
 π. (
³3)³, logo, corta-se raiz com potência, e o três.
V = 4π cm³


05 - Qual a área da superfície esférica cujo o raio mede 3m ?

Resposta: Ase = 4.π.R²
Ase = 4.π.(3


Ase = 4.
π.3

Ase = 12
π

Aplicação dos Números Complexos


  •  Números Complexos e a Física
Há mais de 200 anos, a física e a matemática estão intimamente ligadas no que diz respeito a conjuntos numéricos.
Embora não haja um estudo mais aprofundado, já se sabe que atualmente, na física contemporânea, a aplicação do conjunto dos números complexos é tão grande, que é até possível pensar em uma autêntica " complejificación de la física", como cita o autor Frederico de Rubio y Galy em "The Role of Mathematics in the Rise of Science".
Nesta mesma obra, Dr Frederico dá aos números complexos a idéia de par ordenado: " um par ordenado de números reais, onde suas coordenadas representam a parte real e imaginária do complexo". Assim, apresenta como os números complexos podem multiplicar-se e como é simples a sua representação como vetor.

Fica claro então, como o universo de complexos se expande no mundo da física, onde é utilizado pelos físicos contemporâneos de forma familiar em diversas teorias. Vejamos alguns exemplos. 

'Vetores e Quantidades Complexas'

Dado um número complexo determinado por ( a,b ), onde a e b são números reais, podemos facilmente representa-lo em um plano. Tomando como base a localização de pares ordenados, localizamos o par ( a,b ) e formamos o vetor com origem em ( 0,0 ) e extremidade em ( a,b ).
Para facilitar essa representação, vamos utilizar uma nova quantidade que chamaremos de operador i, embora alguns autores também o denominam operador j. Observemos a figura:


Figura I


O vetor H, representado sobre o eixo de referência, à direita do eixo vertical está sofrendo uma rotação. Ao se deslocar para a esquerda do eixo vertical, temos o vetor – H , que é o próprio vetor H multiplicado por –1. Então, se para fazer com que o vetor gire 180° é necessário multiplica-lo por –1, para que sua rotação seja de 90° ( e o vetor se localize sobre o eixo vertical ) é necessário multiplica-lo por , pois . = -1.
A expressão  não é aceita como número real e é então simbolizada pela letra i. Assim, qualquer vetor multiplicado por i, sofre uma rotação de 90° .
Portanto, na figura anterior temos:

Figura II


Esta representação onde o vetor acompanhado de +i está no eixo vertical para cima e acompanhado de –i está no eixo vertical para baixo é chamada forma complexa. 


  • Números Complexos e Circuitos Monofásicos

No estudo de circuitos, a aplicação de números complexos aparece na forma de vetores, que determinam algumas equações importantes, com a presença da unidade imaginária.

Um circuito monofásico é alimentado por uma única tensão alternada. Quando a única dificuldade que a tensão sofre é a resistência efetiva, o circuito é dito puramente resistivo. Nesse circuito, a tensão Er e a intensidade de corrente I atingem valores correspondentes ao mesmo tempo, o que faz com que os seus vetores representativos fiquem sobre o eixo de referência. Dizemos então que as grandezas estão em fase. 

  



Figura III



Figura IV

Quando a dificuldade que a corrente sofre é a reatância capacitiva, o circuito é chamado puramente capacitivo. Nesse circuito, Ec e I não atingem valores correspondentes ao mesmo tempo, de modo que os vetores que as representam fiquem um sobre cada eixo. Neste caso, dizemos que Ec e I estão defasadas 90° ( I se antecipa aos valores de Ec ). 




Figura V



Figura VI


Quando o circuito apresenta como dificuldade à reatância indutiva, o circuito é chamado de puramente indutivo. Nesse circuito Ei e I também estão defasadas 90° (I está atrasada aos valores de Ei).

Figura VII



Figura VIII

'Circuito em fase tipo R –C'
R e C simbolizam a resistência e a capacitância equivalente. Nesse circuito, a dificuldade encontrada pela fonte para estabelecer uma corrente no circuito é determinada pela soma vetorial de R e Xc.A tensão E é a soma vetorial das componentes Er e Ec.

Figura IX
Observa-se que o ângulo de defasagem é menor que 90° , assim, podemos representar o vetor E na forma trigonométrica, onde E = E cos q - i sen q ou na forma binômia E = Er – i Ec.
'Circuito em série tipo R – L – C'
Neste tipo de circuito três situações podem ocorrer:

Figura X

No primeiro caso, o circuito comporta-se como circuito indutivo, o segundo como capacitivo e o terceiro como resistivo.
Nesse caso o vetor é representado na forma E = Er + i ( El – Ec ) = E cos q + i sen q .
  • Números Complexos e Sinais Sinusoidais
Além das formas trigonométrica e binômia, os números complexos podem ser representado em notação exponencial, onde Z = P e iq, sendo P o módulo do complexo e q o ângulo formado com o eixo de referência ( argumento ).
Esta propriedade dos complexos é muito utilizada para expressar as funções seno e cosseno em notação exponencial, onde:
cos ( x) = 

sen (x) = 

Assim, podemos representar as exponenciais complexas:
e i (x) = cos (x) + i sen (x)
e –i (x) = cos (x) - i sen (x)
Com isso, a resolução de uma equação com funções sinusoidais pode ser efetuada recorrendo a uma função exponencial complexa.

  • Números Complexos e a Função da Onda

A equação de onda que rege o movimento dos elétrons foi obtida por Schrodinger em 1925. Esta equação é análoga a equação de onda clássica e o que a difere é justamente a aparição explícita do número imaginário i.. Vejamos
Vemos que essa equação é satisfeita pela função de onda harmônica, que nada mais é que um complexo em sua forma polar:


As funções de onda de Schrodinger não são necessariamente reais, contudo a probabilidade de encontrar um elétron é totalmente real. Para podermos encontrar essa probabilidade, mudaremos a interpretação da equação de onda de modo que ela seja real. Para isso, utilizaremos a propriedade que o complexo possui de, quando multiplicado por seu conjugado, se tornar real. Assim, a probabilidade será dada por:
 , onde é o conjugado do complexo  

 

Esta equação é chamada de equação de normalização. Essa condição tem um papel importante na mecânica quântica, pois coloca uma restrição nas soluções da equação de Schrodinger que leva à quantização de energia.
Com os aspectos abordados acima, percebemos que o conjunto de números complexos tem um universo infinito de aplicações, que com a Física Moderna e descobertas recentes está aumentado cada vez mais. A exposição dessas aplicações no ensino médio deve ser feita de maneira simples e superficial, visto que nossos alunos não possuem muitos dos conhecimentos aqui abordados, mas o certo é, que não podemos priva-los desse entendimento.
Atualmente, o ensino da matemática em geral deve procurar trabalhar com exemplos práticos, na vida e em outras disciplinas (trabalhar a interdisciplinaridade), para despertar no aluno à vontade e o desejo de aprender. Com isso, qualquer assunto ou tópico construirá um conhecimento sólido e não superficial e os alunos conseguirão estabelecer relações mais facilmente.

Fuso Esférico e Cunha Esférica


Fuso esférico
   O fuso esférico é uma parte da superfície esférica que se obtém ao girar uma semi-circunferência de um ângulo em torno de seu eixo:

 A área do fuso esférico pode ser obtida por uma regra de três simples:


Cunha esférica
   Parte da esfera que se obtém ao girar um semicírculo em torno de seu eixo de um ângulo :


O volume da cunha pode ser obtido por uma regra de três simples:

Esferas

A esfera é um importante sólido da geometria. Além disso aparece em inúmeras aplicações importantes da vida cotidiana.


Sempre que possível, é importante relacionar conteúdos com a vida cotidiana. Eis um exemplo que pode ser usado. Os rolamentos são formados por esferas que permitem que ocorra o giro de uma roda em um eixo, como por exemplo nas rodas dos carros.



Definição de uma esfera


Uma esfera é definida como um sólido de centro O e raio R cujos conjunto de pontos do espaço estão a uma distância do centro igual ou menor que R.



Área e Volume de uma Esfera


Considerando as interações anteriores, é possível partir para os cálculos mais comuns envolvendo esferas, que são a determinação da área e do volume. O professor pode propor alguns desafios para que sejam utilizadas as expressões abaixo.

Área
A área de uma esfera pode ser obtida a partir da expressão:
A = 4 . http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/945/imagens/pi.jpg . R2
Volume
O volume da esfera é dado pela expressão:
V =  4  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/945/imagens/pi.jpg . R3 
        3

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Esfera

Hoje estudaremos sobre Esfera. Antes, postarei esse vídeo para que fique mais fácil a compreensão sobre o assunto! Aproveitem!


Números Complexos - Formas Trigonométricas


Sabemos que um número complexo possui forma geométrica igual a z = a + bi, onde a recebe a denominação de parte real e b parte imaginária de z. Por exemplo, para o número complexo z = 3 + 5i, temos a = 3 e b = 5 ou Re(z) = 3 e Im(z) = 5. Os números complexos também possuem uma forma trigonométrica ou polar, que será demonstrada com base no argumento de z (para z ≠ 0). 
Considere o número complexo z = a + bi, em que z ≠ 0, dessa forma temos que:cosӨ = a/p e senӨ = b/p. Essa relações podem ser escritas de outra forma, acompanhe: 

cosӨ = a/p → a = p*cosӨ 

senӨ = b/p → b = p*senӨ 


Vamos substituir os valores de a e b no complexo z = a + bi. 

z = p*cosӨ + p*senӨi → z = p*( cosӨ + i*senӨ) 

Essa forma trigonométrica é de grande utilidade nos cálculos envolvendo potenciações e radiciações. 

Exemplo 1 
Represente o número complexo z = 1 + i na forma trigonométrica. 
Resolução: 
Temos que a = 1 e b = 1 



Números Complexos - Forma Algébrica

Os números complexos são formados por um par ordenado (a, b) onde os valores de a estão situados no eixo x (abscissa) e os valores de b no eixo y (ordenadas). Sobre o eixo x marcamos os pontos relacionados à parte real do número complexo e sobre o eixo y os pontos relacionados à parte imaginária.
Sendo P o ponto de coordenadas (a, b), a forma algébrica pela qual representaremos um número complexo será a + bi, como a e b Є R. 
A forma algébrica de representar um número complexo é mais prática e mais utilizada nos cálculos. 

Definindo as partes que formam um número complexo z = a + bi

z é um número complexo qualquer.
a é a parte real do número complexo z.
b é a parte imaginária do número complexo z. 

O conjunto dos números que formam a parte real é representado por Re (z). 
O conjunto dos números que formam a parte imaginária é representado por Im (z). 

Veja alguns exemplos de como identificar a parte real e a parte imaginária de um número complexo: 

z = - 3 + 5i 
Re(z) = -3 
Im(z) = 5 

z = -5 + 10i 
Re(z) = -5 
Im(z) = 10 

z = 1/2 + (1/3)i 
Re(z) = 1/2 
Im(z) = 1/3 

As coordenadas a e b podem assumir qualquer valor real, dependendo do valor que eles assumirem o número complexo irá receber um nome diferente: 
Quando a e b forem diferentes de zero dizemos que o número complexo é imaginário: 
z = 2 + 5i 

Quando o valor de a é igual a zero e o de b é diferente de zero dizemos que o número complexo é imaginário puro: 
z = 0 + 2i 
z = 2i 

Quando a diferente de zero e b igual a zero dizemos que o número complexo será real. 
z = 5 – 0i 
z = 5 

Exemplos: 

Determine o valor de k para que z =(k-6) + 7i, seja: 
Número Real Para que o complexo seja um número real devemos fazer b = 0 e a ≠ 0. 
k – 6 ≠ 0 
então: k ≠ 6 

Imaginário puro
Para que um número complexo seja imaginário puro a = 0 e b ≠ 0, então podemos dizer que: 
k – 6 = 0 
então: k = 6 

Operações com Números Complexos - Divisão


Ao dividirmos dois números complexos devemos escrevê-los em forma de fração e multiplicarmos o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador, veja como: 

Dado dois números complexos z1 e z2, para efetuarmos a divisão dos dois devemos seguir a seguinte regra: 
z1 : z2 = z1  .  
               z2     


De uma forma geral podemos demonstrar a divisão de dois números complexos por: 

Dado z1 = a + bi e z2 = c + di a divisão de z1 : z2 será: 





Operações com Números Complexos - Subtração e Multiplicação


Subtração


Dado dois números complexos quaisquer z1 = a + bi e z2 = c + di, ao subtraímos teremos:

z1 - z2
(a + bi) - (c + di)

a + bi – c – di

a – c + bi – di

(a – c) + (b – d)i

Portanto, z1 - z2 = (a - c) + (b - d)i.

Exemplo:
Dado dois números complexos z1 = 4 + 5i e z2 = -1 + 3i, calcule a sua subtração:

(4 + 5i) – (-1 + 3i)
4 + 5i + 1 – 3i
4 + 1 + 5i – 3i
5 + (5 – 3)i
5 + 2i

Portanto, z1 - z2 = 5 + 2i.

Multiplicação

Dado dois números complexos quaisquer z1 = a + bi e z2 = c + di, ao multiplicarmos teremos:

z1 . z2
(a + bi) . (c + di)

ac + adi + bci + bdi2
ac + adi + bci + bd (-1)
ac + adi + bci – bd
ac - bd + adi + bci
(ac - bd) + (ad + bc)i

Portanto, z1 . z2 = (ac + bd) + (ad + bc)I.

Exemplo:

Dado dois números complexos z1 = 5 + i e z2 = 2 - i, calcule a sua multiplicação:

(5 + i) . (2 - i)
5 . 2 – 5i + 2i – i
10 – 5i + 2i + 1
10 + 1 – 5i + 2i
11 – 3i

Portanto, z1 . z2 = 11 – 3i.

Operações com Números Complexos - Adição


Os números complexos são escritos na sua forma algébrica da seguinte forma: a + bi, sabemos que a e b são números reais e que o valor de a é a parte real do número complexo e que o valor de bi é a parte imaginária do número complexo.

Podemos então dizer que um número complexo z será igual a a + bi (z = a + bi).

Com esses números podemos efetuar as operações de adição, subtração e multiplicação, obedecendo à ordem e características da parte real e parte imaginária.

Adição

Dado dois números complexos quaisquer z1 = a + bi e z2 = c + di, ao adicionarmos teremos:

z1 + z2
(a + bi) + (c + di)

a + bi + c + di

a + c + bi + di

a + c + (b + d)i

(a + c) + (b + d)i

Portanto, z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i.

Exemplo:
Dado dois números complexos z1 = 6 + 5i e z2 = 2 – i, calcule a sua soma:

(6 + 5i) + (2 – i)
6 + 5i + 2 – i
6 + 2 + 5i – i
8 + (5 – 1)i
8 + 4i

Portanto, z1 + z2 = 8 + 4i.

Números Complexos - A origem de i² = - 1


No estudo dos números complexos deparamo-nos com a seguinte igualdade: i2 = – 1. 


A justificativa para essa igualdade está geralmente associada à resolução de equações do 2º grau com raízes quadradas negativas, o que é um erro. A origem da expressão i2 = – 1 aparece na definição de números complexos, outro assunto que também gera muita dúvida. Vamos compreender o motivo de tal igualdade e como ela surge.

Primeiro, faremos algumas definições.

1. Um par ordenado de números reais (x, y) é chamado de número complexo.
2. Os números complexos (x1, y1) e (x2, y2) são iguais se, e somente se, x1 = x2 e y1 = y2.
3. A adição e a multiplicação de números complexos são definidas por:

(x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2 ,  y1 + y2)

(x1, y1)*(x2, y2) = (x1*x2 – y1*y2 ,  x1*y2 + y1*x2)

Exemplo 1. Considere z1 = (3, 4) e z2 = (2, 5), calcule z1 + z2 e z1*z2.
Solução:
z1 + z2 = (3, 4) + (2, 5) = (3+2, 4+5) = (5, 9)
z1*z2 = (3, 4)*(2, 5) = (3*2 – 4*5, 3*5 + 4*2) = (– 14, 23)

Utilizando a terceira definição fica fácil mostrar que:
(x1, 0) + (x2, 0) = (x1 + x2, 0)
(x1 , 0)*(x2, 0) = (x1*x2, 0)

Essas igualdades mostram que no que diz respeito às operações de adição e multiplicação, os números complexos (x, y) se comportam como números reais. Nesse contexto, podemos estabelecer a seguinte relação: (x, 0) = x.

Usando essa relação e o símbolo i para representar o número complexo (0, 1), podemos escrever qualquer número complexo (x, y) da seguinte forma:

(x, y) = (x, 0) + (0, 1)*(y, 0) = x + iy → que é a chamada de forma normal de um número complexo.

Assim, o número complexo (3, 4) na forma normal fica 3 + 4i.